Atletas ativistas: 6 nomes que não têm medo de se posicionar

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Atletas ativistas: 6 nomes que não têm medo de se posicionar

Escrito por Criável

Tem Report de Tendências e Comportamento fresquinho no ar! Desta vez, ficamos inspirad@s pela chegada dos Jogos Olímpicos de 2020. Voltamos os nossos olhares para os atletas ativistas que se posicionam dentro e fora das quadras, sem medo de perder patrocínios ou sofrer represálias. 

Não é de hoje que Esporte e Política andam juntos. Do punho cerrado de Tommie Smith e John Carlos a Colin Kaepernick de joelhos, historicamente as grandes competições esportivas são palco de protestos.

Nos novos tempos, uma postura responsável e progressista- em prol dos Direitos Humanos-, chega a ser atraente para as marcas. Sejam esportivas, de Moda, atualmente as empresas enxergam esses atletas ativistas como aliados.

Na edição desse ano, o COI afirmou que os atletas devem se manter neutros, e que cada manifestação política será avaliada de acordo com o caso e com a federação de cada país. A nossa aposta é de que vai ter gente quebrando os protocolos, quer ver?

No entanto, existem atletas ativistas que nem chegam a disputar as Olimpíadas, justamente por seus posicionamentos ou por terem sido alvo de algum tipo de preconceito. Ainda que as marcas estejam mais abertas a estas posturas, as confederações esportivas costumam ser mais conservadoras. Vamos conhecer essas histórias?

Atletas ativistas que nos inspiram

Colin Kaepernick

Um dos gestos proibidos pelo COI é o de se ajoelhar em campo. Sabe por quê? Em 2016, Colin Kaepernick ajoelhou-se ao cantar o hino nacional americano em protesto ao racismo e à violência policial. A partir daí, ele inspirou uma série de outros atletas ativistas e uma onda de manifestações nas partidas. Colin foi um dos rostos da campanha de 30 anos da Nike, ainda assim não conseguiu encontrar outro clube na NFL.

Angelo Assumpção

Para Angelo, ser um homem negro num esporte tão elitizado quanto a ginástica já é uma vitória, mas em 2015, ele conquistou sua primeira medalha de Ouro numa Copa do Mundo. Convocado às pressas para substituir Arthur Nory, que estava lesionado, o ginasta viveu sua maior glória junto com o maior pesadelo. 

Duas semanas depois da vitória, Arthur Nory publicou um vídeo ofendendo Angelo com falas racistas. Enquanto Arthur ganhou apenas uma suspensão de 30 dias e uma medalha de bronze nas Olimpíadas do Rio, em 2019, Angelo foi demitido do clube Pinheiros onde treinava.

Hoje, Angelo se enxerga como um referencial para outros ginastas negr@s, ainda que reconheça que nem todos os profissionais consigam ser atletas ativistas como ele. Em 2016, recebeu o Prêmio Benedito Galvão, oferecido pela OAB a pessoas que contribuem para o enfrentamento à discriminação racial. 

Nas redes sociais, existe o movimento #ContratemOAngelo para que o atleta encontre um clube. Em entrevista para o El País, ele conta: “Vivia uma ascensão na carreira. Onde eu estaria hoje se não passasse por aquela exposição racista? Será que eu teria disputado uma Olimpíada, ganhado uma medalha? Qual é a importância da vida de um negro? Ainda busco respostas para estas perguntas.”

Megan Rapinoe

Megan Rapinoe, uma das melhores jogadora de futebol do mundo, se assumiu lésbica em 2012. Em 2019, processou a federação norte-americana pela disparidade de salários entre as seleções masculina e feminina. Pouco depois, fez campanha contra Trump, declarando que não iria à Casa Branca se conquistasse a Copa. Dito e feito. Recentemente, foi uma das escolhida para integrar o novo time da Victoria’s Secret, que trocou as angels- consideradas o “padrão de beleza” a seguir-, por mulheres com posicionamentos fortes.

Beatrice Vio

“Você não vai conseguir”, “seu corpo não vai deixar”: essas foram as frases que Bebe Vio escutou a vida toda. Mesmo com os braços e pernas amputados após uma meningite aos 11 anos, a lutadora de esgrima tornou- se uma estrela não só no Esporte. A italiana apresentou o programa “A Vida é um Barato!”, entrevistando outras pessoas com histórias de superação. Além disso, tem sua história contada junto com outros atletas ativistas no documentário “A Vida é um Pódio”, da Netflix. 

Héritie Lumumba

Filho de mãe brasileira e pai congolês, Héritie se tornou uma das maiores estrelas do futebol australiano. Como? O pai recebeu exílio da ONU e a família imigrou para a Austrália. Porém, a dificuldade da pronúncia do nome fez com que o jovem Heritié virasse Harry O’brien, o sobrenome do padrasto. 

Além de perder o nome, quase como um retorno à epoca da escravidão, o jogador não tinha pessoas negr@s no seu convívio e não encontrava aceitação. Heritié passou quase 10 anos sendo ofendido de forma racista, e só em 2013 decidiu contestar. 

Em um programa de rádio, o apresentador Eddie McGuire e presidente do Collingwood FC, time onde Lumumba jogava, ofendeu outro atleta. Ele se pronunciou nas redes sociais, denunciando o episódio, que gerou a demissão do presidente do clube. Depois que fez a denúncia, Heritié foi transferido para o Melbourne, onde encerrou a carreira em 2016. 

Naomi Osaka

Com apenas 23 anos, a tenista é a atleta mulher mais bem paga do mundo e uma das grandes apostas do Japão para os Jogos Olímpicos de 2020. Apesar do sucesso, a pressão fez Naomi desistir de Roland Garros por enfrentar uma batalha contra ansiedade e depressão, temas que faz questão de tratar abertamente.

No US Open, ela se manifestou a favor do Black Lives Matter, e acabou inspirando a criação de uma Barbie Role Model em sua homenagem- com o mesmo look que usava na competição, e esgotada poucas horas após o lançamento! Como se não fosse o suficiente, Naomi vai lançar, em breve, a Kinlò, marca de skincare funcional para mulheres negras, e estreia amanhã um documentário sobre sua vida na Netflix.  

+ atletas ativistas <3

Quer conhecer a história de mais atletas ativistas que se posicionam dentro e fora de campo? Acesse o nosso report gratuito “Atletas do presente: esporte e ativismo em 2021” <3 Ah, e não deixe de acompanhar os Jogos Olímpicos!

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