Moda e cultura regenerativa

Moda e cultura regenerativa

Moda e cultura regenerativa

Escrito por Criável

Por que parar é tão importante quanto fazer

Experimente parar um pouquinho, fechar os olhos e, em silêncio, colocar as mãos sobre o peito – ou qualquer outro gesto que te leve para dentro. Se quiser, volte a sua atenção para o ritmo da sua respiração. E, aos poucos, vá desmanchando todo o estresse, angústia ou medo que encontrar ao redor do pescoço, dos ombros, da testa e, principalmente, do coração.

Mesmo que só por um instante.

E então, quando estiver bem à vontade, responda: Como eu estou me sentindo agora? Essa emoção é um reflexo de como eu me senti nos últimos meses? Que sentimentos e emoções mais me visitaram nesse período de isolamento?

Tente não pensar no que você realizou ou deixou de realizar, mas em como você está se sentindo agora. Nesse momento. E depois, percorra esse período que passou com a sua memória, arejando a sua mobília emocional.

Mas por que fazer esse exercício?

Ultimamente, a gente tem falado muito sobre uma moda regenerativa, que considere o tempo de fazer e também o tempo de parar. Uma indústria capaz de acolher no seu dia a dia momentos de reflexão, para que a gente possa aprimorar processos, incorporar práticas mais sustentáveis, nutrir a nossa criatividade, aprender com a nossa trajetória e sonhar nossos próximos passos.

O que a gente nem sempre fala é que, para além da indústria, precisamos de cada vez mais profissionais de Moda que, à nível individual, também tenham a coragem de parar. Sim, coragem. Por que para (intra)empreender fluxos de trabalho regenerativos, é preciso a coragem de propor e estruturar novos hábitos, às vezes calendários, se mostrar vulnerável e até mesmo falar sobre as nossas emoções.

Pois é, a gente se acostumou a determinar o nosso valor profissional – e às vezes humano – de acordo com a nossa produtividade ou capacidade de atingir resultados, o que faz com que a gente sempre se sinta, assim, meio “ficando pra trás”.

Vamos fazer um teste:

Nos dias em que você consegue riscar todos itens do seu checklist, você se sente um profissional melhor? Você se sente mais confiante sobre as suas capacidades ou talentos?

E quando você está de férias ou tem um tempo para deixar o celular em modo avião, você se sente culpado de descansar?

E ainda, você já foi negligente com a sua saúde, física ou emocional, por estar muito envolvido em um projeto de trabalho?

Pois é, quem nunca, né? Por isso temos conversado tanto sobre uma cultura de trabalho regenerativa. Que não tenha os dois olhos, o tempo todo, em uma planilha. Mas que enxergue as pessoas por trás dos números. É por isso que a gente acredita tanto em Branding. Por que ele não é um resultado, mas um processo contínuo, que inspira práticas mais saudáveis, criativas e felizes para toda a empresa.

Trabalhando em um espaço cuja cultura é regenerativa, é claro que você vai ter vontade de cumprir com as suas tarefas do dia a dia. Só não vai se sentir um profissional pior caso não consiga. Por que nem sempre a gente dá conta! Você vai se permitir aproveitar os momentos de pausa porque sabe que eles são o contraponto necessário para não pifar nos períodos de mais trabalho. E vai saber colocar limites desde o afeto (pelos outros e por você).

A gente costuma pensar que para sermos mais felizes há mais coisas que ainda precisamos fazer, mas na verdade, em geral, o que precisamos mesmo é deixar algumas coisas para trás.

Por isso, agora eu te pergunto: Mais do que o quê você quer conquistar, como você quer se sentir nos próximos meses? Que emoções você gostaria de cultivar?

A gente adora poder te ajudar com isso. 😉 Até mais.

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