Escrito por Criável
Essa semana, assistimos a série documental sobre a vida de Nara Leão, no Globoplay, e ficamos imensamente tocadas por tudo o que ela representa ainda hoje como artista e mulher. Percebemos que não fomos as únicas. Nos deparamos com muitos comentários saudosistas desse Brasil que nos é afetivo e que se conecta, sobretudo, com os maiores ícones da nossa música: da Bossa Nova, passando pelo Samba, pelos tropicalistas e pela Jovem Guarda.
Quando a gente olha pra trás, é tanta coisa que a gente tem pra se orgulhar, mas que a gente acaba se esquecendo de exaltar em meio a tantas decepções atuais. E daí, quando nos deparamos com histórias como as de Nara, parece que uma espécie de gatilho positivo é ativado e nos dá força pra continuar lutando e seguindo em frente de cabeça erguida, sabendo que esse Brasil com S, que tanto nos orgulha, é o que fica de verdade. É o que fica pra sempre.
Segue a leitura pra entender de onde vem essa vontade de reativar esse Brasil e por que o imaginário coletivo tem clamado tanto por isso:
Em meados de 2020, começamos a notar uma série de manifestações nostálgicas referentes à nossa Cultura e aquilo que nos é familiar: desde exaltação a ícones da MPB passando por rituais genuinamente brasileiros, como bolinho com café, feira de rua, roda de samba… Até então, isso vem se desdobrando em diversas homenagens no audiovisual, em coleções de Moda, Decoração, Gastronomia e em muitas das escolhas e comportamentos atuais da juventude brasileira.
A gente não enxerga essas manifestações como forma de alienação, mas, sim, uma maneira de sentir segurança e aconchego nas referências que nos são familiares, como uma espécie de “comfort food”, especialmente em tempos conturbados como esses, em um contexto de tentativa de destruição de um Brasil com S.
Pensando nisso, apresentamos a macrotendência Re(f)verência em janeiro de 2021, que presta homenagem a esse Brasil genuíno, criativo e afetivo, referenciando as nossas maiores referências, como ícones da nossa Cultura, origens e histórias familiares. Um ano se passou e continuamos batendo na mesma tecla, apostando que esse comportamento ainda continuará pautando os próximos tempos.
Por aqui, acreditamos que olhar pro passado é fundamental pra entender quem somos e pra onde queremos ir. Por isso, reverenciar aqueles que vieram antes de nós, olhar pra nossa história de vida e pra nossa História (com H maiúsculo) é mais do que urgente.
Conta pra gente: que Brasil afetivo te traz alegria?
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