Escrito por Criável
A Netflix lançou recentemente um novo reality show de moda – pra quem ainda não ouviu falar, a produção se chama ‘Next In Fashion‘ e tem Alexa Chung como apresentadora. Mas por aqui nós só pensamos em assistir a décima segunda temporada de RuPaul’s Drag Race que acaba de estrear!
Ao longo de uma década, esse reality protagonizado pelas mais maravilhosas queens americanas provou que o drag é uma arte para muito além da performance humorística. Ele é também sobre moda – e moda de primeiríssima qualidade.
A seguir, você confere porque RuPaul’s é o melhor reality de moda de todos os tempos (ou porque você deveria assistí-lo agora!).
A cada temporada, o nível dos looks desfilados pelas participantes só aumenta. A maioria não costura suas próprias produções, mas tampouco pega peças emprestadas de designers. Mesmo assim, a complexidade de alguns looks e a qualidade dos detalhes é digna de alta costura, sem falar no conceito trabalhado por cada uma. Muitas peças mexem direto com o nosso imaginário despertam aquele desejo que a moda sabe muito bem como construir.
Ou seja, sua grande habilidade, ao invés da comédia ou do lip sync, é montar looks incríveis cheios de informação de moda. É o caso de Aquaria, vencedora da décima temporada, e Naomi Small, participante da oitava.
Muitas drags usam suas origens e histórias pessoais para criar looks e narrativas únicas. É super interessante poder acompanhar esse processo criativo, tão autêntico e desprendido, que faz com que cada drag seja especial. Isso fica ainda mais evidente nas drags que chegam à final, geralmente com um trabalho muito sólido, símbolos e assinaturas próprios. É o caso da vencedora da nona temporada Sasha Velour, cuja identidade estava intimamente ligada à sua vivência da cidade de Nova York + o seu repertório como designer e artista visual. Aliás, o lip sync final, que garantiu a coroa à Velour, é imperdível!
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O novo, o diferente, o estranho, o desafiador, tudo isso tem o seu lugar. E essa, na verdade, deveria ser a tarefa da moda: expandir o nosso olhar. Ou seja, justamente o contrário do que ela propõe para os dias de hoje, com tanta massificação. O drag desperta emoções parecidas, por exemplo, com as do Carnaval, e com muita montação lembra que a moda também é sobre liberdade, criatividade, rebeldia e autoexpressão.
Sim, nós poderíamos escrever um case de Branding para cada uma das queens finalistas de RuPaul’s. Há muita coerência e consistência nas entregas e a cada apresentação, você é surpreendido por um novo ângulo daquele mesmo universo super bem trabalhado.
Gostou desse post? Então não deixa de contar pra gente qual é a sua queen favorita de RuPaul’s. 😉 E se você ainda não assistiu, aproveita, porque todas as temporadas (a não ser a décima segunda) já estão disponíveis no Netflix, além de outras séries complementares como All Stars, Untucked e especiais de Natal.
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