Quando o assunto é Posicionamento de Marca, não raro vemos muit@s estilistas, designer e empreendedor@s se perguntando: “Que bicho é esse? Onde vive? De quê se alimenta?”.

Brincadeiras à parte, para muitas pessoas essa palavra ainda parece uma coisa de outro mundo, quando, na verdade, o posicionamento é a base de todo o trabalho de construção de marca.

Ou seja, se você não tem uma compreensão clara do que é o posicionamento, muito possivelmente você vai cometer erros desnecessários com a sua própria marca, fazendo com que ela perca a sua força e relevância no mundo.

Então vamos lá! 😉

Posicionamento é uma estratégia que busca ocupar um lugar único, ou seja, um lugar que ainda não foi ocupado, na mente do seu público.

Isso porque, na cabeça das pessoas, a percepção que elas formam de uma determinada marca sempre acontece a partir da comparação com outras marcas, não só do mesmo segmento, como de diversas outras áreas.

Pensa na sua própria experiência como pessoa que consome e se relaciona com outras marcas.

Quando você se depara com uma nova marca, por exemplo, de refrigerante, inconscientemente você coloca ela “ao lado” de várias outras marcas de refrigerante, de bebidas alcoólicas, de suco, de água, de comida, de restaurante, de hotel, de roupa, e por aí vai.

É como se a nossa mente fosse criando links infinitos que intuitivamente fossem agrupando essas marcas e posicionando essas combinações dentro do nosso mapa pessoal de dores, desejos e necessidades.

Anota aí que isso é muito importante: Dores, desejos e necessidades.

É sempre a partir dessas 3 coisas que a gente cria um posicionamento forte, ou seja, que a gente consegue encontrar um lugar que ainda esteja vazio para ocupar.

Talvez você esteja se perguntando “Mas será que os lugares já não estão todos ocupados?”.

Embora já existam, sim, muitas marcas fortes no mundo, a resposta é não. E esse é o pulo do gato.

Muita gente quando começa a pensar o seu posicionamento já se coloca de cara em lugares que não estão só ocupados, mas superlotados de outras marcas, enquanto o posicionamento fala justamente de distinção.

As pessoas adoram falar em “o diferencial da minha marca”, mas quando você pergunta pra elas qual é o diferencial de fato, é algo ainda muito vago ou…. que não tem nada assim de tão diferente!

E como esse tema é mesmo muito subjetivo, nós decidimos trazer 3 marcas que têm um posicionamento muito bacana pra gente analisar junto e entender como elas fizeram isso.

Ah, e só um p.s.: Nós já falamos muito sobre essas 3 marcas nas nossas aulas, vídeos, lives, cursos, etc, então é muito possível que você já tenha pelo menos ouvido falar sobre elas. 🙂

Mas o motivo pelo qual nós estamos trazendo essas 3 marcas aqui, especificamente, é porque elas pertencem ao mesmo segmento, tem fatias de público em comum, mas ao mesmo tempo e no fim das contas, ocupam lugares bem diferentes na cabeça das pessoas.

Ou seja, elas têm posicionamentos que as distinguem bem umas das outras.

Elas também são marcas relevantes, inovadoras, com comunidades fiéis e engajadas, e muitas outras qualidades que só quem trabalha bem o seu posicionamento tem.

Então vamos lá. As 3 marcas são a Haight, a Cosmo e a Aro.

As 3 são marcas de moda praia e que, embora tenham outros produtos, ainda têm como carro-chefe os seus maiôs e biquínis.

As 3 nasceram desenvolvendo esse tipo de produto e têm na sua essência muito enraizado o swimwear e esse comportamento de praia bem carioca que adora misturar a praia com o esporte, o esporte com o ficar em casa, o ficar em casa com a night.

Elas também têm uma outra coisa bem importante em comum: As 3 prezam muito por conforto e trabalham duro para vestir diferentes tipos de corpos.

São 3 marcas que produzem peças para abraçar o corpo; para consumidora se sinta mais gata, mais sexy, mais brilhante, mais à vontade consigo mesma, independente do seu tamanho.

São marcas que capricham nos materiais molinhos, nas modelagens inteligentes, em funcionalidades como proteção UV, e colocam muito cuidado e carinho nas suas produções

Mas e aí, se elas são tão parecidas como elas conseguem ser tão diferentes?

A Haight, de todas, é a mais chique. Podemos chamá-la de beachwear couture. 

Embora ela tenha peças básicas, ela também tem modelos bem conceituais, com muita informação de moda, e tecidos tipo uma malha crepe, que “sai” completamente da moda praia tradicional, além de um mix de produtos bem sofisticado.

Então ela ocupa um lugar no mercado que é o de elevar a moda praia ao status de Moda com m maiúsculo – tanto que ela já desfilou na SPFW, suas lojas são flagships (lojas conceito), e suas maiores parceiras são marcas que não são nada de moda praia, como a Paola Vilas, a Mari Giudicelli, a Escudero.

Já a Cosmo é mais cool, e tem muito mais a ver com autoconfiança do que com estar bela, no sentido tradicional da coisa.

É uma marca que mistura muito bem o swim wear, sports wear e o loungewear. E, além dos maiôs e biquínis, desenvolve bonés, shorts, bolsas, entre outros tantos acessórios, que inevitavelmente viram hit. Desejo.

É verdade que as 3 marcas têm uma leitura muito boa, muito acurada, dos seus públicos e fazem direitinho o seu dever de casa de pesquisa de tendências de comportamento.

No entanto, a Cosmo é a que melhor interpreta o espírito do momento, criando peças com toda uma interessância, que traz a informação de moda de um jeito totalmente despretencioso e natural (e é aí que mora o cool, sacou?). É só conferir a collab da marca com a Angelica Bucci. 

E por último, a gente tem a Aro, que é uma marca que nós podemos considerar empoderamento raiz.

Embora as 3 marcas se preocupem com conforto e em atender diferentes corpos, a Aro é a única que abraça publicamente essa causa de um jeito muito engajado e com bastante envolvimento.

É uma marca que reformulou todo o seu site e toda a sua experiência de compra para atender mulheres maiores, coisa que nenhuma outra marca (do nosso conhecimento) já fez.

Então a Aro é uma marca com muita moral. Até mesmo o tipo de influenciadora que ela traz para a comunicação, como a Alexandra Gurgel, do Alexandrismos, é uma mulher que sabe o que quer, que fala o que pensa, que não passa pano, que ama ou aprendeu a amar o próprio corpo profundamente, que não tem medo de mostrar as celulites, que não vai se apertar pra caber em um padrão de beleza…

ou seja, bem pé na porta mesmo!

Então, presta atenção!

 O posicionamento dessas 3 marcas é tão bem construído que uma mesma mulher pode consumir as 3 marcas em diferentes momentos, dependendo da sua necessidade, dor ou desejo.

E isso não tem a ver só com ocasião, mas com emoção.

Com a forma como a gente se sente ou quer se sentir. 

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