Produção de Moda e Styling: um guia para fazer da maneira certa ;)

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Produção de Moda e Styling: um guia para fazer da maneira certa ;)

Escrito por Criável

Existem marcas que só de ouvir as palavras “Produção de Moda” já ligam seus alertas. Outras, amam quando stylists entram em contato para pegar peças emprestadas. Por que isso acontece?

Antes de mais nada, a gente precisa explicar a diferença entre produção de Moda e Styling. Ambas as profissões são relativamente recentes, por isso, mesmo quem trabalha no meio pode confundir as funções. Existem profissionais que fazem os dois, e por outro lado, pessoas que se dedicam apenas a um cargo.

Esse é apenas um dos motivos que tornam esses trâmites confusos, e que, por sua vez, geram desencontros e problemas na execução do trabalho. Para descomplicar, como a gente sempre faz, vamos te contar quais são as diferenças, além de um guia- seja você produtor@, stylist ou dono de uma marca, para fazer um trabalho justo para todas as partes 😉

Produção de Moda vs Styling

Quando pensamos em um editorial, por exemplo, quem atua na produção é quem realiza toda a execução do projeto em relação à Moda. Ou seja, entra em contato com as marcas, vai para a rua buscar as peças, pode coordenar @s modelos, ordem dos looks a serem fotografados… Nesse caso, a palavra chave é a ORGANIZAÇÃO.

Na maioria dos casos, @ produtor@ atua em parceria com fotógrafos, jornalistas, publicitários, mas principalmente, com @s stylists. Para esse grupo, a palavra de ordem é a CRIAÇÃO. O stylist é quem faz pesquisa de tendências, cria e monta os looks de acordo com as peças disponíveis: podem ser do seu próprio acervo, acervo do jornal/revista/emissora/ d@ própri@ artist@, ou… peças de empréstimos conquistadas pela Produção de Moda!

No mundo ideal, cada um faz a sua função. No entanto, a gente sabe que nem sempre o cliente tem verba para contratar uma equipe enorme, às vezes é um projeto autoral e todo mundo tem que jogar nas onze… por isso, muitas vezes stylists autônom@s fazem suas próprias produções de moda, ou, produtores acabam montando o look na hora das fotos.

E a relação com as marcas?

Essa é a parte mais importante! Geralmente, um stylist ou produtor entra em contato com a marca ou sua assessoria, se apresenta, mostra o trabalho em questão, diz quais peças gostaria de utilizar e pergunta se libera para produção, ou seja, esse empréstimo das roupas, calçados e afins.

Esse processo costuma ser interessante porque, para as marcas, receber um contato de Produção de Moda é como se fosse uma publicidade “gratuita”. Essa é a chance do produto aparecer numa página de revista, série, filme, clipe, programa de TV, sem a marca ter que pagar por isso.

Por outro lado, para que seja interessante MESMO, é preciso que as peças voltem exatamente do jeito que foram. De preferência, lavadas, em suas embalagens originais, sem quaisquer vestígios de uso, até porque, principalmente como acontece com marcas independentes, aquele produto ainda será vendido ao consumidor final.

Quando uma peça volta amassada, sem a embalagem, ou em alguns casos, danificada, isso causa um prejuízo à marca, que acaba sendo repassado aos produtores e stylists, ou até mesmo seus clientes. Sinceramente, ninguém quer que isso aconteça né?

Por fim, para que existe esse cuidado de quem pega emprestado, precisa haver atenção de quem está emprestando. Vamos aprender mais?

Guia para uma Produção de Moda e Styling seguros 😉

#1 CONTATO

Produtor@/ Stylist: Seja hiper profissional! Se apresente, compartilhe o projeto com clareza, explique o porquê de entrar em contato com aquela marca. Como a sua ideia e o produto que você está precisando se conectam?

Especifique se é uma produção que envolve empréstimos ou compra e já avise mais ou menos o período em que vai precisar da peça.

Marca: Antes de recusar- ou aceitar-, de cara, avalie bem a oportunidade! Para quem é a proposta? Como vai funcionar o projeto? O produto vai te fazer falta? Tem a ver com o propósito e essência da sua marca?

Se for uma produção apenas de empréstimo, certifique-se de que seu nome será creditado, onde e como aparecerão esses créditos. Deixe tudo formalizado por e-mail!

#2 PRODUÇÃO

Produtor@/ Stylist: Sempre que puder, vá pessoalmente buscar e devolver os produtos. Além de estabelecer uma relação de confiança com a marca, você fica 100% a par do trajeto da peça. Como nem sempre isso é possível, certifique-se de terceirizar esse serviço com empresas de confiança e que te dão algum suporte caso o produto se perca.

Fotografe cada peça do jeito que você recebeu, e de preferência, as envie para a marca. Assim, você tem controle do estado de cada uma e depois sabe exatamente como devolvê-las.

Marca: É essencial que cada marca faça seu próprio documento de romaneio, no qual listam-se as peças emprestadas, data de produção e devolução, e assinatura de ambas as partes. Esse documento deve ser enviado por e-mail. Nada de combinar as coisas por Whatsapp, ok?

#3 DURANTE

Produtor@/ Stylist: Momento crucial! Seja organizad@, coloque fita crepe embaixo de todos os sapatos, só vista modelos após a maquiagem, não deixe ninguém comer com as roupas. Quanto menos marcas de uso tiverem, menos gastos você tem depois, fora a dor de cabeça evitada.

#4 DEVOLUÇÃO

Produtor@/ Stylist: Essa é uma das partes mais importantes! Depois de ter fotografado os produtos, cheque suas fotos e os devolva da maneira como você recebeu- ou até melhor, se quiser ganhar uns pontinhos de confiança!

Marca: Sabe o documento de romaneio? Essa é a hora que você vai precisar dele! Ao receber as peças, confira se 100% das peças voltaram, da forma como você emprestou. Não pode receber sacola e deixar pra ver depois, ok? Se algum produto estiver danificado, entre em contato com a pessoa que fez a produção.

VISH… DEU M!

A gente sabe que imprevistos podem acontecer, de ambas as partes. Às vezes você está gravando um clipe, com coreografia e uma roupa rasga, acontece. Ou, você, marca, promete uma peça e não consegue entregar. Nestes casos, SINCERIDADE é a palavra da vez.

Se todo mundo for bem transparente, assumir suas falhas, e pagar por elas-literalmente-, quando for necessário, ninguém sai no prejuízo. Partiu fazer uma Indústria da Moda mais justa?

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