{"id":1295,"date":"2020-01-16T18:23:31","date_gmt":"2020-01-16T21:23:31","guid":{"rendered":"https:\/\/criavel.com\/?p=1295"},"modified":"2020-06-09T18:21:59","modified_gmt":"2020-06-09T21:21:59","slug":"os-40-sao-os-novos-40","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/criavel.com\/os-40-sao-os-novos-40\/","title":{"rendered":"Os 40 s\u00e3o os novos 40"},"content":{"rendered":"\n

A moda ama a juventude. Mas o que significa, hoje em dia, ser jovem?
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Em um mundo que se movimenta para ressignificar suas ideias ao redor do corpo, da beleza e da sexualidade, especialmente a feminina, \u00e9 claro que a idade n\u00e3o ficaria de fora. Na verdade, nossa percep\u00e7\u00e3o de idade parece estar cada vez mais flex\u00edvel, flutuante, se relacionando muito mais com um \u201cestado de esp\u00edrito\u201d do que com uma fase de vida e todas as suas narrativas.
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Nessa pegada, as francesas Caroline de Maigret e Sophie Mas, conhecidas pelo best-seller \u201cComo ser uma parisiense em qualquer lugar do mundo\u201d, acabaram de lan\u00e7ar \u201cOld, but better, but older\u201d – uma esp\u00e9cie de cr\u00f4nica sobre a vida da mulher depois dos 40, que inclui piadas como n\u00e3o ser notada por um cara de trinta e poucos em uma festa ou o presidente do seu pa\u00eds ser mais jovem que voc\u00ea. 
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Apesar de c\u00f4mico, o livro destaca algo que, como pesquisadoras de moda e comportamento, a gente j\u00e1 vem notando h\u00e1 um tempo: O rejuvenescimento dos 40 anos e uma gera\u00e7\u00e3o de mulheres maduras e absolutamente jovens, em conte\u00fado e apar\u00eancia, abrindo novas conversas e pontos de vista sobre temas como trabalho, fam\u00edlia, sexo, beleza, estilo de vida e etc.
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E como a moda tem respondido a tudo isso? 
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Bom, no Brasil, \u00e9 um pouquinho mais complicado. A Fran\u00e7a, por exemplo, \u00e9 um pa\u00eds muito mais amig\u00e1vel para mulheres depois dos 40. Um lugar melhor para envelhecer, ter rugas, cabelos grisalhos, um corpo naturalmente menos tonificado (ou que teve filhos), com \u00edcones de beleza e estilo de todas as idades. \u00c9 claro que ainda h\u00e1 muito culto \u00e0 magreza, entre outras quest\u00f5es, mas no Brasil, em contrapartida, al\u00e9m de obsess\u00e3o por um corpo eternamente perfeito, pelo bumbum na nuca, h\u00e1 tamb\u00e9m as cirurgias pl\u00e1sticas, o cabelo sempre retocado, e a falta de representatividade de mulheres \u201cmais velhas\u201d n\u00e3o como m\u00e3es ou senhoras, mas simplesmente mulheres. Se apaixonando, viajando, mudando de profiss\u00e3o, encontrando um caminho espiritual, aprendendo algo novo, conversando sobre pol\u00edtica, enfim, mulheres.
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H\u00e1 muitas marcas cujo o p\u00fablico tem, em sua maioria, mais de 40 anos. E que, mesmo assim, s\u00f3 escalam modelos com mais de 30 para campanhas de Dia das M\u00e3es. O que significa que essa \u00e9 uma oportunidade em potencial de se diferenciar. De aproveitar um nicho de mercado interessante, cheio de personalidade e maior poder aquisitivo. Que j\u00e1 se conhece e sabe o que quer. 
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N\u00e3o d\u00e1 mais pra ter medo de passar dos 40, nem de colocar modelos um pouquinho menos jovens nas fotos de e-commerce, ou de criar eventos de lan\u00e7amento que envolvam mulheres que n\u00e3o v\u00e3o se deslocar at\u00e9 uma loja s\u00f3 para beber uma ou duas cervejas. O que a gente precisa, de fato, \u00e9 algum atrevimento – n\u00e3o s\u00f3 para amadurecer a maneira como criamos as nossas imagens, como para aprofundar o conte\u00fado da moda brasileira.
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