Empresa de Moda | Estudo de caso Insecta Shoes: 20 fatos sobre a marca e seu posicionamento ecosexy

Empresa de Moda | Estudo de caso Insecta Shoes: 20 fatos sobre a marca e seu posicionamento ecosexy

Escrito por Criável

Não é segredo pra ninguém que a Insecta Shoes (na nossa nada humilde opinião 🙂 ) está entre as 3 marcas mais bacanas da nova era da Moda brasileira, com sapatos e acessórios veganos, ecológicos e unissex. 

Ainda assim, sua força e consistência vão muito além dos seus produtos, e permeiam todas as suas entregas. A Insecta foi pioneira de muitas formas, inclusive na criação de conteúdo e na construção de uma comunidade próxima – coisas que, hoje em dia, parecem indispensáveis para qualquer marca.

Quer conhecer os segredos por trás do sucesso dessa marca maravilhosa?

Então vem com a gente, pois conversamos com a Barbara Mattivy, co-fundadora e diretora criativa da marca, e preparamos um estudo de caso completo com 20 fatos sobre a história e estratégia da Insecta Shoes

Empreender de peito aberto

#1 Como a Insecta nasceu

Ao contrário do que muitas pessoas podem imaginar, a Insecta surgiu de forma muito espontânea. Na época, a Babi tinha um brechó online – que ficava de pé, pagava os boletos, mas pouco crescia – e uma amiga dela, uma marca de sapatos. As duas então decidiram fazer alguns pares aproveitando as estampas de peças vintage que não vendiam… e assim nasceu a Insecta. 

#2 Jeito de empreendedora

Logo de cara, foi sucesso total. A collab deu super certo e a Babi viu ali uma oportunidade de negócio bem mais interessante que o seu próprio brechó. Essa vocação para empreender, no entanto, já fazia parte da sua vida. Aos 15 anos, para conseguir pagar mais horas de internet discada, e atualizar sua fanpage do Thierry Figueira 😂 , a Babi vendia bombons no colégio. Isso sem falar na agência de conteúdo para marcas de Moda que ela teve antes do brechó. De qualquer forma, ela sempre se viu como uma pessoa impulsiva e corajosa, e nunca teve medo de quebrar a cara nos seus empreendimentos (coisa que inevitavelmente aconteceria muitas vezes).

#3 Investimento mínimo

Apesar de impulsiva, a Babi sempre teve os pés no chão. Investiu o mínimo possível para comprar o primeiro lote de sapatos da Insecta e com ele foi testando o produto pouco a pouco, indo e voltando. Por muito tempo, aliás, essa foi a forma como ela geriu a produção da marca, sem fortes emoções.

 

Inovação & Sustentabilidade

#4 Como colocar um produto que ainda não existe no mercado

Outro pulo do gato, foi encarar o desafio de criar algo realmente inovador. Na época, pouco se falava sobre sustentabilidade na Moda e muito menos sobre upcycling. Mas a Babi decidiu confiar na sua intuição – fundamentada por muitos insights de pesquisa – de que esses novos hábitos de consumo iriam pegar. 😉

#5 Crescer com consciência

Depois de um tempo, o modelo de criar poucos pares, quase sempre estampados, com tecidos de reuso alcançou seu teto e foi deixando de fazer sentido. A marca precisa crescer, ter uma maior recorrência de clientes e, para isso, oferecer produtos mais versáteis. Mas como fazer isso de forma sustentável?

#6 Estudar, estudar, estudar

Se hoje o mercado já oferece uma dezena de cursos e formações em Moda sustentável, naquela época “era tudo mato”. A Babi então foi estudar livros acadêmicos para encontrar soluções para o crescimento da marca.

Em 6 anos, a Insecta já reciclou* +21k garrafas plásticas, quase 1 tonelada de algodão, 6.800 kg de borracha, 1.600 kg de caixas de papelão e 2k metros de tecido reaproveitado. 

Tudo isso 100% livre de exploração animal. 🙂 *Dados de 2020.

#7 E falando em veganismo

Você sabia que a Insecta não nasceu vegana? Lá no início, os sapatos contavam com uma etiquetinha de couro, que muitos pares levam até hoje por vício de mercado. No entanto, isso logo mudou. A marca abraçou a causa dos direitos animais como sua e hoje é certificada pelo selo Peta (People for the Ethical Treatment of Animals).

Reconhecimento da mídia e do público

#8 Valores inegociáveis

Babi acredita que se há um segredo por trás de boa parte do reconhecimento que a marca recebeu desde o seu nascimento, em 2014, ele tem a ver com o fato da Insecta nunca ter aberto mão dos seus valores inegociáveis – como, por exemplo, trabalhar com relações de ganha-ganha, saber que a essência é sempre maior que a tendência, e não sacrificar nenhum ser vivo para fins estéticos.

São valores que limitam o processo criativo (no sentido de deixarem as escolhas mais fáceis e coerentes) e abrem muitas oportunidades; pois, se você parar para pensar, o mercado de acessórios veganos ainda é muito restrito no Brasil, sobretudo porque muitas marcas ainda têm medo de se comprometer ou se posicionar.

#9 Certificações e premiações

Além do selo PETA, a Insecta foi a primeira marca de calçados brasileira (e a segunda de Moda!) a receber o selo de Empresa B, comprovando que ela é responsável em fornecer soluções para problemas sociais e ambientais, operando com altos padrões de gerenciamento e transparência.

Uma grande conquista que todas as marcas deveriam aspirar nos dias de hoje. <3

Mas não para por aí, não. Em meia década de existência, a Insecta já foi agraciada por diversas premiações, como o Prêmio Muda (da Vogue), Prêmio ECOERA, e pelos próprios Sistema B e PETA UK, demonstrando o seu reconhecimento internacional como uma marca cheia de propósito.

#10 Famosos que amam Insecta

Entre as curiosidades mais fofas, está o fato de que o ator Antônio Fagundes é um grande fã da marca. Ele, inclusive, foi ao Programa do Jô vestindo um Oxford com estampa de girassol e fez aquela publi espontânea.

#11 Quando a sua persona quer trabalhar com você

Mais recentemente, a Insecta também conquistou o coração da Bela Gil, com quem acaba de lançar uma collab de acessórios versáteis, como sandálias cujas tiras podem ser usadas de lenço. E a dobradinha Insecta + Bela, verdade seja dita, é ainda mais especial, pois a apresentadora e chef de cozinha é a personificação exata da persona da marca.

Construindo uma comunidade

#12 Presença nas redes

A Insecta sempre adotou uma forte presença nas redes como estratégia, mas o que nem todo mundo sabe é que, lá no início, era por falta de orçamento mesmo. Sem grana para fazer maiores investimentos em outros tipos de divulgação, a marca adotou de vez as redes sociais e a sua lista de e-mail, provando que a melhor estratégia é fazer o máximo com os recursos que você já tem.

#13 Uma marca de Moda e Comunicação

Além dos produtos, a marca também oferece em seus site e-books sobre os mais diversos assuntos, como ‘Lixo zero na cozinha’, ‘Dicas de beleza natural’ e ‘Aromaterapia’. O mais bacana é que, apesar do preço sugerido, você pode pagar o quanto quiser para ter acessos a esses conteúdos – cuja linha editorial é sempre a de promover pequenas e frequentes transformações para o mundo.

#14 Escuta atenta

Outra tática na qual a Insecta é craque é na escutar a sua comunidade. A Babi não tem medo de colocar modelos para votação ou fazer pesquisas online para entender a demanda por novos produtos. Se rola uma dúvida, ela joga para o público. Na pandemia, por exemplo, foi desse jeitinho que a marca lançou a sua primeira pantufa.

#15 Experiência é tudo

Todo esse cuidado com o consumidor vem desde os primeiros dias de marca. Para a Insecta, o atendimento e a experiência de compra são sagrados e precisam ser impecáveis. O resultado é um boca boca natural positivo, que só legitima tudo o que é construído em matéria de Branding e Marketing. 

Bastidores

#16 Não existe negócio perfeito

Ainda que a Insecta seja uma marca reconhecida e estabelecida no mercado, a Babi garante que pequenos incêndios continuam sendo apagados todos os dias. Ela adoraria que as pessoas pudessem conhecer um pouquinho mais dos bastidores para entender que não existe vida perfeita – e muito menos negócio à prova de ciladas.

 

#17 A Insecta não para de aprender

Outra premissa da Insecta é manter o peito sempre aberto para aprender, tendo a consciência de que não importa o quão forte seja a marca, é preciso manter o diálogo com quem faz, usa e apoia. Por isso é tão importante ouvir o outro e colocar em prática o que é construído a partir dessa troca.

#18 Uma família de 20 pessoas

Apesar dos desafios, hoje a Insecta conta com um time “grandinho” e a Babi já não precisa estar tão envolvida com cada detalhe do negócio. Ela conta que, quando a marca começou, 1% do seu tempo era dedicado ao que ela amava fazer. O processo de querer estar na direção criativa, mas precisar cadastrar produtos no e-commerce ou resolver questões financeiras foi sofrido. Mas hoje, ainda bem, seu dia a dia de empreendedora está um pouco mais tranquilo.

#19 Nada de utopia

Tudo isso prova que erguer uma marca sustentável não é nenhuma missão impossível. Embora tenha uma grande importância para a Moda brasileira, a Insecta ainda é, de muitas formas, uma marca pequena, não tão distante de muitos negócios que estão só começando.

#20 A palavra-chave é paciência

Não tem jeito, algumas coisas levam tempo e demandam não só muita paciência, como jogo de cintura e resiliência para transformar erros e desafios em aprendizado e insumos criativos. 

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