Escrito por Criável
Aqui nós comentamos alguns dos trechos mais relevantes, confirmando 5 tendências de Moda pós-Coronavírus.
O escritório de consultoria McKinsey & Company junto à plataforma digital Business of Fashion acabam de lançar uma nova versão do seu report The State of Fashion 2020, trazendo um mapeamento global dos impactos do Coronavírus na Indústria da Moda + algumas previsões para os próximos tempos.
É urgente repensarmos nossos modelos de negócio, consolidando estratégias de marca que não se preocupem apenas com a venda, e tenham como foco a transparência e a sustentabilidade no seu sentido mais amplo.
Empresas que não se conhecem, não geram riquezas imateriais e não fazem acordos com os seus públicos terão muito menos chances de sobreviver. É preciso inteligência e propósito para reinventar esses negócios, de forma que não fiquem flutuando no vai e vem e do mercado, mas tenham condições de oferecer benefícios mais profundos à médio e longo prazo.
Pergunta: O que mais você está fazendo além de oferecer descontos?
“Quando a poeira baixar a crise imediata, a Moda pós-Coronavírus enfrentará um mercado recessivo e um cenário industrial ainda passando por uma transformação dramática. (…) Agora, a ‘quarentena de consumo’ poderia acelerar algumas dessas mudanças no consumidor, como uma crescente antipatia em relação aos modelos de negócios produtores de resíduos e expectativas elevadas de ações sustentáveis por parte das marcas. Enquanto isso, algumas das mudanças que testemunharemos no sistema de moda, como a mudança digital, o design atemporal e o declínio do atacado, são principalmente uma aceleração do inevitável – coisas que teriam acontecido mais adiante no caminho – que a pandemia os ajudou a ganhar velocidade e urgência”.
“No futuro, as empresas terão que revisar seus modelos operacionais. Ao implementar intervenções de curto prazo – como cortar custos de produção, garantir liquidez e ajustar sortimentos de produtos, que têm sido a maior prioridade em reações urgentes à crise – as empresas agora precisam considerar ações para o período de recuperação e implementar a resiliência em seu planejamento”.
“Velocidade e adaptabilidade são essenciais para esta crise. Mas quando os primeiros sinais de normalidade começam a surgir, as empresas são advertidas a não serem complacentes. Em vez disso, eles devem dobrar as medidas de recuperação e resiliência, pois esse será um momento de transformação sem precedentes para a indústria da moda global. Só então as empresas podem começar a decifrar como é o seu ‘novo normal’.
“Para melhorar suas perspectivas de longo prazo, as marcas precisarão adaptar estratégias de descontos futuras, implementando um calendário de produtos revisado para refletir o ‘o novo normal’ da moda (pós-Coronavírus). A solução não é apenas reduzir o excesso de estoque, mas recuperar a confiança e o entusiasmo dos consumidores sem dinheiro – e isso não pode ser alcançado apenas com descontos”.
Ter e nutrir uma rede aliada, composta por clientes, fornecedores e colaboradores é fundamental. A palavra comunidade nunca foi tão importante, especialmente agora que as muitas formas de consumo local se tornam ainda mais fortes.
Pergunta: Você se conhece o suficiente para saber com quem unir forças ou criar ações colaborativas?
“Também será um momento de colaboração dentro do setor – mesmo entre empresas concorrentes. Nenhuma empresa enfrentará a pandemia sozinha, e os players da moda precisam compartilhar dados, estratégias e idéias sobre como enfrentar a tempestade”.
Posicionamento de marca é um exercício de dentro para fora. Empresas que comunicam valores como respeito, empatia e amizade, mas na prática colocam seus lucros acima das pessoas, estarão fadadas ao cancelamento.
Pergunta: A sua marca realmente é quem ela promete ser?
“O foco na sustentabilidade será especialmente proeminente para os consumidores da Geração Z e dos Millennials, cujas preocupações com o meio ambiente já foram intensificadas antes da crise. Conforme já declaramos, os consumidores podem celebrar ou quebrar uma marca com base na confiança, uma tendência que agora é intensificada ainda mais”.
“Consumidores afetados por uma recessão global terão mais consciência do que nunca e poderão considerar a sustentabilidade em suas decisões de compra ainda mais do que antes. Qualquer que seja o resultado, as mensagens de sustentabilidade precisarão ser baseadas em comportamento autêntico e práticas internas rigorosas.
Daqui pra frente, a economia digital será protagonista, e o Branding 4.0 – que deriva do Marketing e da Indústria 4.0 – pode nos ajudar a trabalhar um mundo onlife, onde online e offline não são realidades paralelas, tipo real e virtual, mas coexistem, propondo novas interações entre marcas e consumidores (mais horizontais e transparentes). Nesse sentido, o conteúdo passa a ser prioridade para muitos negócios.
Pergunta: Você sabe transformar a essência, propósito, estilo de vida, universo e cultura da sua marca em conteúdo? E o seu e-commerce? Reflete tudo isso?
“Se alguma vez houve um tempo para turbinar o digital, é agora. O isolamento da pandemia global dos canais de varejo offline levou as empresas de moda digitalmente inaptas à beira do abismo”.
“As pessoas se adaptarão à digitalização mais ampla à medida que a criação de conteúdo digital se tornar seu principal modo de interação com a marca. De acordo com uma pesquisa da McKinsey, quase um quarto dos consumidores dos EUA e da Europa espera aumentar seus gastos via canais sociais em abril de 2020”.
Quem ainda não está pensando em novas formas para apresentar suas coleções precisa começar e pra já! E o digital tem muitas vantagens – a principal é ser mais sustentável, evitando milhares de deslocamentos.
Pergunta: A sua marca está sempre seguindo os movimentos do mercado ou mercado se adequa às inovações da sua marca?
“Algumas tecnologias que demoraram a se estabelecer – como desfiles virtuais e showroom digitais, livestream shopping e as mais recentes ferramentas de design 3D agora estão sendo utilizadas para fazer negócios”.
“Com desfiles e temporadas de moda completamente apagados da primeira metade do calendário de 2020 e os desfiles de setembro ainda pendentes, o ciclo da moda também pode sofrer uma mudança de cadência há muito esperada. A semana de moda tem sido um ponto de preocupação crescente para a indústria, do ponto de vista da sustentabilidade e do investimento, com muito a vendo como um vácuo de recursos antiquado. A programação dos desfiles de resort em destinos variados precisa ser reavaliada, bem como a ideia de várias semanas de moda em várias cidades ao longo do ano”.
E agora pra fechar, a gente te deixa com mais uma pergunta: Pra dar conta disso tudo você sabia que só precisa de uma coisa: Uma boa metodologia? E foi pra compartilhar com você a nossa e te ajudar a reinventar a sua marca que nós decidimos oferecer uma terceira edição gratuita do Workchoque Branding 4.0 na Veia!
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Clique aqui pra baixar o report completo do Business of Fashion ou aqui para ler a matéria do FFW de onde transcrevemos os trechos deste post.
Obrigad@ por te lido nosso artigo de previsões de Moda pós-Coronavírus
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