House of Gucci: a história de um império de 9 bilhões de euros.

House of Gucci: a história de um império de 9 bilhões de euros.

Escrito por Criável

House of Gucci – Hoje a gente vem trazer a história de uma das marcas mais icônicas de todos os tempos, que tá prestes aí a entrar para o time das centenárias e que, mesmo assim, continua muito muito atual, super conectada com as novas gerações, os novos comportamentos e o mundo digital.

Acontece que, além da Gucci ser uma marca que sempre dá o que falar nas Semanas de Moda, agora tá pra sair um novo filme chamado House of Gucci, que conta uma parte do drama familiar por trás da segunda geração desse império, e que traz ninguém mais, ninguém menos, que a Lady Gaga num dos papéis principais.

Já vazaram até algumas imagens das filmagens e dá pra ver que o figurino é lindo, então assim, o filme e a própria Gucci têm tudo pra ficar ainda mais em evidência nos próximos tempos. Então a gente veio dividir com vocês o que sabemos sobre a história da marca, desde os seus primórdios.

Além disso, essa história, que começa lá no século 19 com o nascimento do Guccio Gucci, fundador da maison de luxo, é surpreendente. Uma verdadeira história de superação mesmo que pode te inspirar muito a seguir com o seu sonho, com a sua carreira, com o seu negócio, enfim.

Bora lá?

Guccio Gucci nasceu em 1881, em Florença, na Toscana. 

Pode até soar romântico, mas, na verdade, a sua vida não tinha nada de glamourosa.

Vindo de uma família bem humilde, antes de completar 20 anos, Guccio já tinha se mudado para Londres e Paris à procura de melhores oportunidades.

Foi trabalhando de ascensorista no chiquérrimo Savoy Hotel, aliás, que ele entrou em contato pela primeira vez com a alta sociedade britânica, se deixando influenciar pela sofisticação e pelo estilo da época.

Com uma forte intuição de que poderia ganhar mais dinheiro criando coisas para aquelas pessoas que ele levava de andar em andar, Guccio então então voltou para Florença e passou a ajudar seu pai a confeccionar selas e malas de viagem na sua oficina de couro.

Ainda assim, a coisa parecia não andar muito pra frente. 

Nesse momento da história, os carros já começavam a substituir os cavalos como principal meio de transporte, fazendo com que, a cada dia, a demanda por novas selas diminuísse.

E foi justamente por conta desse “problema” que Guccio começou a desenvolver vários outros artigos em couro, sempre pensando em como manter o negócio da família de pé.

Em 1921, aos 40 anos, Guccio então abriu sua primeira lojinha, combinando tudo o que ele havia absorvido em termos de estética durante a sua estadia em Londres e Paris com a impecável tradição artesanal italiana.

E, conforme ele ia conquistando a atenção dos mais ricos, nosso CEO ia desenvolvendo peças de qualidade cada vez mais alta e design cada dia mais original.

Ele também ficou conhecido por empregar os melhores artesãos da região, se diferenciando da concorrência pela excelência e preciosidade dos seus produtos. 

Como muitos clientes dele eram aristocratas apaixonados pela montaria, Guccio acabou adotando o cavalo como o primeiro símbolo da marca, e usou os equipamentos e detalhes do universo da selaria como inspiração para que suas peças fossem inconfundíveis.

Com o passar dos anos, sua marca foi ganhando fama e reconhecimento!  Até que em 1932, um novo ponto de virada: Guccio desenhou os primeiros loafers (os mocassins) da história, super inovadores para a época e, até hoje, um grande objeto de desejo e de Moda.

Seis anos mais tarde, Guccio, todo empreendedor, expandiu seu negócio para Roma, colocando seus filhos para trabalharem com ele. 

Foi aí também que ele começou a experimentar com outros materiais, criando ainda mais assinaturas para a sua marca, como a clássica Bamboo Bag, um ícone dos anos 40.

Em 1951, ele já tinha uma loja em Milão e, logo depois, uma filial em Nova Iorque. 

Até que em 1953, com a empresa indo de vento em poupa, Guccio faleceu, deixando seu legado nas mãos dos filhos e, algumas décadas mais tarde, de seu neto Maurizio… que é interpretado por Adam Driver no filme que também tem Lady Gaga como protagonista. 🙂

Hoje a Gucci tem 540 lojas, mais de 14 mil funcionários e uma receita superior a 9 bilhões de euros. Nada mal, né?

Mas e aí, por que comentamos lá no início que essa história tinha tudo pra te inspirar?

Bom, dá pra tirar muitos aprendizados sobre o que significa empreender na Moda.

O que teria acontecido se o Guccio tivesse acreditado que, por vir de uma família humilde e não pertencer ao universo dos ricos e famosos, não tinha capacidade de erguer um negócio do zero, tendo como público-alvo a aristocracia?

O que teria acontecido se Guccio não tivesse olhado para dentro e percebido que o seu maior tesouro era justamente aquilo que a sua família sabia fazer de melhor?

O que teria acontecido se Guccio tivesse desistido do seu sonho quando o povo parou de comprar sela para andar de carro?

O que teria acontecido se Guccio tivesse se preocupado em fazer o que todo mundo estava fazendo, ao invés de confiar na sua intuição e potencial criativo?

O que teria acontecido se Guccio não tivesse construído uma rede aliada de artesãos locais super talentosos, qualificados para produzir os melhores produtos do seu tempo?

E aí a gente te pergunta…

O que irá acontecer com o seu sonho se você não começar a acreditar e trabalhar de verdade para que ele se torne a sua realidade?

Quando tudo começou, Guccio era um simples ascensorista e não tinha nada além da confiança de que ele poderia mudar a sua história.

As fraquezas do seu negócio foram vencidas com determinação, e todas as forças que ela tinha, que eram a oficina familiar, a rede de artesãos, as ideias originais, enfim, todas exploradas na sua máxima potência.

E sabe do que mais? Você pode fazer o mesmo.

E a gente tá aqui pra te ajudar nessa missão, viu?


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