Escrito por Criável
Marca sustentável – Muitas marcas de Moda ainda têm medo de se assumirem sustentáveis, ainda que suas práticas sejam conscientes e responsáveis. O que, por um lado, é super normal, já que esse é um assunto sério – capaz de derrubar muitos negócios acusados de greenwashing.
Assim, uma boa estratégia para comunicar práticas sustentáveis com segurança e, ao mesmo tempo, ser 100% transparente com a sua comunidade, é buscar por certificações respeitadas no mercado da Moda.
Ah, e se você acha que esse tipo de credibilidade é possível apenas para marcas grandes, saiba que você está muito enganada.
A Insecta Shoes, por exemplo, que a gente adora citar por aqui, conseguiu duas das certificações que nós iremos te apresentar, aqui nesse post, nos seus primeiros 3 anos de vida.
Embora hoje ela seja uma empresa de porte médio, na época, ela estava só começando. 😉
O mais importante é se comprometer a dar check em todos os requisitos necessários, aprendendo e melhorando com o processo, e ter paciência para passar pela auditoria feita por essas organizações.
A seguir, você descobre quais delas podem ter a ver com a sua marca e com as práticas da sua empresa.
A Peta (ou People for Ethical Treatment of Animals) certifica marcas veganas e livres de crueldade animal. A ideia é o “selo” ajude os consumidores a tomarem consciência sobre a luta pelos direitos animais, evitando materiais como couro, pele, seda, plumas e mais.
Mais de 1000 empresas já possuem o selo ao redor do mundo, e você pode inclusive pesquisá-las no site da organização. Como você vai ver, não é nada de outro mundo!
O Sistema B é um movimento global para a criação de um ecossistema de empresas que não visam apenas o lucro, mas benefícios (daí o B 😉 sociais duradouros para suas comunidades.
A jornada de certificação pode ser um pouco longa, incluindo questionários, entrevistas e visitas à empresa; mas contempla tanto empresas pequenas – como era o caso da Insecta, na época -, como empresas grandes, do porte da Natura.
Outra certificação bastante conhecida é a Fair Trade, que em português poderia ser traduzida como Comércio Justo. E é bem disso que ela cuida: Condições seguras de trabalho, preservação ambiental, meios de vida sustentáveis, desenvolvimento de comunidade, enfim, um modo de produção que seja justo para todos e coloque as pessoas e o planeta em primeiro lugar.
A Patagonia, marca da qual somos fãs no quesito impacto positivo, é uma das poucas empresas de Moda a receber a certificação, que lista outras 35 marcas de roupa em seu site.
A Cradle to Cradle, por sua vez, é uma certificação para marcas que já fazem parte da economia circular e está profundamente alicerçada pelos fundamentos do design descritos no livro de mesmo nome por William McDonough e Michael Braungart.
O processo de certificação inclui várias etapas, e vai desde a análise do produto até a comunicação da conclusão do processo – momento em que as empresas certificadas também devem se comprometer a continuar progredindo na otimização do seu design.
Por último, há também a Carbonfree, que, como sugere o nome, ajuda empresas do mundo todo a neutralizar suas emissões de carbono plantando árvores. O processo de avaliação começa com o cálculo da pegada de carbono de cada produto, e você pode, inclusive, conferir o protocolo para isso no site da organização.
Porém, nós temos uma observação importante: Embora plantar árvores para neutralizar a sua pegada seja muito melhor do que não fazer nada, o ideal é que o seu foco esteja na etapa de produção, para que ela seja o menos nociva possível.
Infelizmente, dada a situação de emergência climática que nós estamos vivendo, nós não temos tempo para esperar que essas árvores cresçam e comecem a neutralizar o carbono que nós continuamos produzindo sem parar. Ou seja, melhor otimizar seus materiais, transportes, embalagens, resíduos, etc, e só depois tentar compensar o que você não conseguiu resolver dentro da sua empresa, tá?
Quais práticas você já adotou e que considera importante fazer para ter uma marca sustentável?
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